Desde o momento em que o corpo e seus prazeres constituem objetos fundamentais do sexto mandamento, um novo tipo de saber é estabelecido: a “fisiologia moral da carne”. Foucault
"Na putaria, a gente entra em contato com um lado mais verdadeiro e menos hipócrita das pessoas. Elas não escondem seus desejos mais secretos, liberam fetiches que não confessariam a ninguém, nem sob tortura."
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
domingo, 29 de setembro de 2013
Banho de Gato
Ouvi isso alguns dias antes de postar esse texto: "a melhor chupada é aquela que mais parece uma trepada inteira!!! já recebeu dessas?"
Então...
...eis a resposta:
Toda mulher possui uma lista, dos
Top Of Mind de sua cama. Algumas dizem que não, mas afirmo, categoricamente, que
sim! Todo mundo tem aquele “parceiro”, que ao encontrá-lo casualmente na fila
de um banco, a gente sua, sente calafrios, esquece o que havia ido fazer
naquele lugar, mesmo depois de mais de 40 minutos em pé suportando todo o tédio
da espera. E sem muito esforço, fatalmente passará o dia inteiro, ou até mesmo
a semana, lembrando o que de melhor ele
faz.
John sem dúvida seria (e foi)
protagonista dessa típica cena. Indiscutivelmente foi o melhor parceiro que uma
mulher poderia desejar. Pelos olhos dele, era possível saber como eu ficaria depois. Um bom homem de cama sabe o que fazer.
Ele conhecia na palma da mão
(para não dizer da língua) os caminhos para os meus melhores delírios. É preciso
sentir os estímulos e as respostas dadas por ele, e isso fazia de Jonh o dono da festa.
Eu via nele prazer e satisfação em encher sua boca de mim, a impressão que eu
tinha era de que eu seria devorada por
toda uma fome que só ele possuía.
Sua língua percorria meus dedos
dos pés, tornozelos, panturrilhas... até alcançar as coxas. E eu cabia dentro
da boca daquele homem que conhecia cada
centímetro da minha virilha. (Ah! Todos aqueles beijos dado entre minhas
pernas.) Ele tinha a fome de me devorar em provocações, até eu ceder.
Entregava-me sem recusa e com a certeza de que o prêmio tão buscado havia sido
alcançado. Eu era bebida com delicadeza até a última gota. Este foi seu
egoísmo. Seus beijos eram o seu repouso,
então eu provava de mim em sua língua. Tomada por contrações e espasmos, meus
nervos tornaram-se desobedientes. As carnes do meu corpo tremiam em desordem,
e eu agora, refém de mim, contorcia-me
em orgasmos. Eu era desmontada em cansaço...
Tínhamos horas infindáveis de cumplicidade naquele mundo que
suportava apenas nós dois. Ali existia um homem e uma mulher, que encontravam no corpo do outro mistério,
prazer e paz. Não havia nada proibido,
fomos entregues ao desejo maior.
Ele mordia o bico dos meus seios, a ponta do meu queixo,
minha nunca, costas... cada músculo de mim conhecia a suavidade brutal de seus
dentes. Eu cheirava a saliva, daquele homem. E ele exalava em sua pele, barba, cabelos e mãos...
tudo aquilo que havia arrancado de mim.
"Juro beijar teu corpo sem descanço
Como quem sai sem rumo pra viagem
Vou te cruzar sem mapa nem bagagem
Quero inventar a estrada enquanto avanço"
Como quem sai sem rumo pra viagem
Vou te cruzar sem mapa nem bagagem
Quero inventar a estrada enquanto avanço"
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Feliz dia do Sexo
Ser franco é uma qualidade que muito estimo nos
seres humanos, e que muito conservo em mim. Aviso de antemão que aqui falarei
muito sério. Sem rodeios, sem meias-palavras, porque me sinto muito descontente
caso eu precise mentir, ainda mais quando o assunto é sexo. Quem mente sobre
sexo, é leviano com o processo que deu vida e continuidade a humanidade.
Não devemos nos esquivar desta realidade, nem
torna-la pouco mística, acredito 99% dos indivíduos que passaram ou passarão por
este planeta, foram feitos durante o processo que alguns denominam de
“trepada”, para os que não tem medo das palavras. Agora, os mais religiosos, tende
a chama-lo de “fazer amor”, e para os teóricos, “sexo”. O fato é que o Sexo, ou seja lá qual for a
nomeclaura, é o motor universal. A humanidade cheira sexo desde que o mundo é
mundo.
O fato é que sexo por sexo, é como chupar gelo na
Antártica, meio sem graça, tanto quanto o acomodado papai&mamãe, e aqui vai
um conselho, caso você queira manter um pingo de dignidade sexual, fuja do
clássico, se você não é um sujeito inovador, seja esforçado, tente ao menos algo
meio neoclássico. Isso não fará mal a ninguém, muito pelo contrário, só ajuda!
E por falar em papai&mamãe, eu ainda não
entendo qual o receio de alguns casais com a posição, creio eu que a mais
antiga de todas, e não menos clássica, o animalesco e profundo, ficar de
quatro. Essa é a posição dos bichos, a vaca, a gata, a cadela... (algo
familiar?)
Algumas mulheres gostam de ser dominadas na cama.
Eu sou uma delas. O momento em que me sinto submissa é quando perco o controle
sobre “quem” está por trás de mim. É o meu momento de entrega. Cabeça baixa em
sinal de respeito por aquele que me domina. De joelhos em reverencia a
Majestade. Ficar de quatro é uma arte e em modéstia parte, sou uma artista. É
preciso elegância e um pouco de teatro. Saber olhar na hora certa é
fundamental. Simular competição entre o dominador e o dominado, e claro, o
dominado sempre perderá. Faz parte do jogo do tesão.
Quem gosta de ficar de quatro, dispensa perguntas
do tipo “você curte puxões de cabelo?”. Oras, quem se propões a ficar de quatro
não precisa nem responder a esta pergunta. É óbvio que sim. Quem fica de quatro
sem que precisem pedir, quer puxões de cabelos, tapas, palavrões, mordidas,
força e prazer (sem dúvida, muito prazer).
Quando um homem pede para eu ficar de quatro, me
sinto indo “dar” nesta posição pela primeira vez. É quase como uma primeira
aventura. Gosto de pedir. Acho importante para quem vai para cama comigo saiba o
que quero. Conheço meu próprio corpo melhor que qualquer pessoa que já o tenha
visitado. Sei com exatidão e propriedade sobre os minúsculos lugares que em mim
despertam orgasmos infinitos. Mantenho todos os meus sentidos empenhados com dedicação total ao momento.
Durante o sexo revelamos nossas fraquezas e
sensibilidades. Os traumas e preconceitos aparecem exatamente nesta hora.
Momento que nos permitimos sermos nós mesmos. É quando nos entregamos a algo
maior, a realização de uma necessidade fisiológica, tal qual beber água gelada
em um dia escaldante... pura satisfação e prazer.
É fácil identificar um sujeito patriarcalista e
preso as convenções sociais. Ele não irá pedir para a mulher que ele está
“comendo” ficar de quatro. Geralmente estes homens tem receio com mulheres que
gostem de sexo. Lamentavelmente é inevitável, homens conservadores tem medo de
mulher boa de cama. Sexo bom é aquele que permite o outro ser como ele é, sem
conflitos.
Na “cama” somos mais animalescos. De quatro sou a
perversão de um zoológico inteiro.
Não me questione na cama. Não me proíba. As minhas
vontades são as minhas necessidade. Deixe-me ser!
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