terça-feira, 19 de novembro de 2013

Porn Sex vs Real Sex


A alimentação é uma necessidade natural que, como o sexo, impulsiona a existência humana. Mas é mais constante e imprescindível que este último, ao menos no aspecto individual.
"Toda a existência humana decorre do binômio Estômago e Sexo. A Fome e o Amor governam o mundo, afirmava Schiller.
(…) O sexo pronuncia-se em época adiantada apesar das generalidades delirantes de Freud. O estômago é contemporâneo, funcional ao primeiro momento extrauterino. Acompanha a vida, mantendo-a na sua permanência fisiológica. O sexo pode ser adiado, transferido, sublimado noutras atividades absorventes e compensadoras. O estômago não. É dominador, imperioso, inadiável." 

Câmara Cascudo

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

baby, baby, baby...




O que faz alguém bom de cama? O cheiro da respiração e a energia. Um binômio decisivo e que independe de qualquer simpatia pelo o outro. A natureza decide, o feromônio decreta.
Ele chegou bem perto e sua respiração me desafiava. Pegou-me pelo braço e o ar era denso, estávamos muito próximos. Percebi então que meu território havia sido invadido, a minúscula linha que nos separava deixara de existir. Como o mesmo disse de modo sarcasticamente preocupado: “Rompemos as barreiras” e de fato, sincronizamos nas nossas necessidades, e eu era sucumbida por seus braços forte, pelo olhar esfomeado e mãos devoradoras. Esse talvez fosse seu segredo, ele era sua própria fome e a vontade de comer. Nunca conheci mãos tão precisas, jeito tão agridoce, e um toque sutilmente explosivo... nós ganhávamos forma, atrito e suor.
Seu cheiro era encalorado, a boca era úmida, morna e tranquila. Tinha uma graça debochada e dentes fortes que me mastigavam a pele, feriam meus lábios e arranhavam meu queixo... Ele era de uma delicada brutalidade inconfundível, um verdadeiro dragão de sorriso mole.

"And I don't care/ if you don't want me/ I'm yours right now!"


segunda-feira, 30 de setembro de 2013


Desde o momento em que o corpo e seus prazeres constituem objetos fundamentais do sexto mandamento, um novo tipo de saber é estabelecido: a “fisiologia moral da carne”.  Foucault

domingo, 29 de setembro de 2013

Banho de Gato

Ouvi isso alguns dias antes de postar esse texto: "a melhor chupada é aquela que mais parece uma trepada inteira!!! já recebeu dessas?"

Então...

...eis a resposta:

Toda mulher possui uma lista, dos Top Of Mind de sua cama. Algumas dizem que não, mas afirmo, categoricamente, que sim! Todo mundo tem aquele “parceiro”, que ao encontrá-lo casualmente na fila de um banco, a gente sua, sente calafrios, esquece o que havia ido fazer naquele lugar, mesmo depois de mais de 40 minutos em pé suportando todo o tédio da espera. E sem muito esforço, fatalmente passará o dia inteiro, ou até mesmo a semana,  lembrando o que de melhor ele faz.
John sem dúvida seria (e foi) protagonista dessa típica cena. Indiscutivelmente foi o melhor parceiro que uma mulher poderia desejar. Pelos olhos dele, era possível saber  como eu ficaria depois.  Um bom homem de cama sabe o que fazer.
Ele conhecia na palma da mão (para não dizer da língua) os caminhos  para os meus melhores delírios. É preciso sentir os estímulos e as respostas dadas  por ele, e isso fazia de Jonh o dono da festa. Eu via nele prazer e satisfação em encher sua boca de mim, a impressão que eu tinha era  de que eu seria devorada por toda uma fome que só ele possuía.
Sua língua percorria meus dedos dos pés, tornozelos, panturrilhas... até alcançar as coxas. E eu cabia dentro da  boca daquele homem que conhecia cada centímetro da minha virilha. (Ah! Todos aqueles beijos dado entre minhas pernas.) Ele tinha a fome de me devorar em provocações, até eu ceder. Entregava-me sem recusa e com a certeza de que o prêmio tão buscado havia sido alcançado. Eu era bebida com delicadeza até a última gota. Este foi seu egoísmo.  Seus beijos eram o seu repouso, então eu provava de mim em sua língua. Tomada por contrações e espasmos, meus nervos tornaram-se desobedientes. As carnes do meu corpo tremiam em desordem, e  eu agora, refém de mim, contorcia-me em orgasmos. Eu era desmontada em cansaço...
          Tínhamos horas infindáveis de cumplicidade naquele mundo que suportava apenas nós dois. Ali existia um homem e uma mulher,  que encontravam no corpo do outro mistério, prazer e paz.  Não havia nada proibido, fomos entregues ao desejo maior. 
         Ele mordia o bico dos meus seios, a ponta do meu queixo, minha nunca, costas... cada músculo de mim conhecia a suavidade brutal de seus dentes. Eu cheirava a saliva, daquele homem.  E ele exalava em sua pele, barba, cabelos e mãos... tudo aquilo que havia arrancado de mim.



"Juro beijar teu corpo sem descanço
Como quem sai sem rumo pra viagem
Vou te cruzar sem mapa nem bagagem
Quero inventar a estrada enquanto avanço"


Boa Semana





sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Feliz dia do Sexo

Ser franco é uma qualidade que muito estimo nos seres humanos, e que muito conservo em mim. Aviso de antemão que aqui falarei muito sério. Sem rodeios, sem meias-palavras, porque me sinto muito descontente caso eu precise mentir, ainda mais quando o assunto é sexo. Quem mente sobre sexo, é leviano com o processo que deu vida e continuidade a humanidade.
Não devemos nos esquivar desta realidade, nem torna-la pouco mística, acredito 99% dos indivíduos que passaram ou passarão por este planeta, foram feitos durante o processo que alguns denominam de “trepada”, para os que não tem medo das palavras. Agora, os mais religiosos, tende a chama-lo de “fazer amor”, e para os teóricos, “sexo”.  O fato é que o Sexo, ou seja lá qual for a nomeclaura, é o motor universal. A humanidade cheira sexo desde que o mundo é mundo.
O fato é que sexo por sexo, é como chupar gelo na Antártica, meio sem graça, tanto quanto o acomodado papai&mamãe, e aqui vai um conselho, caso você queira manter um pingo de dignidade sexual, fuja do clássico, se você não é um sujeito inovador, seja esforçado, tente ao menos algo meio neoclássico. Isso não fará mal a ninguém, muito pelo contrário, só ajuda!
E por falar em papai&mamãe, eu ainda não entendo qual o receio de alguns casais com a posição, creio eu que a mais antiga de todas, e não menos clássica, o animalesco e profundo, ficar de quatro. Essa é a posição dos bichos, a vaca, a gata, a cadela... (algo familiar?)
Algumas mulheres gostam de ser dominadas na cama. Eu sou uma delas. O momento em que me sinto submissa é quando perco o controle sobre “quem” está por trás de mim. É o meu momento de entrega. Cabeça baixa em sinal de respeito por aquele que me domina. De joelhos em reverencia a Majestade. Ficar de quatro é uma arte e em modéstia parte, sou uma artista. É preciso elegância e um pouco de teatro. Saber olhar na hora certa é fundamental. Simular competição entre o dominador e o dominado, e claro, o dominado sempre perderá. Faz parte do jogo do tesão.
Quem gosta de ficar de quatro, dispensa perguntas do tipo “você curte puxões de cabelo?”. Oras, quem se propões a ficar de quatro não precisa nem responder a esta pergunta. É óbvio que sim. Quem fica de quatro sem que precisem pedir, quer puxões de cabelos, tapas, palavrões, mordidas, força e prazer (sem dúvida, muito prazer).
Quando um homem pede para eu ficar de quatro, me sinto indo “dar” nesta posição pela primeira vez. É quase como uma primeira aventura. Gosto de pedir. Acho importante para quem vai para cama comigo saiba o que quero. Conheço meu próprio corpo melhor que qualquer pessoa que já o tenha visitado. Sei com exatidão e propriedade sobre os minúsculos lugares que em mim despertam orgasmos infinitos. Mantenho todos os meus sentidos  empenhados com dedicação total ao momento.
Durante o sexo revelamos nossas fraquezas e sensibilidades. Os traumas e preconceitos aparecem exatamente nesta hora. Momento que nos permitimos sermos nós mesmos. É quando nos entregamos a algo maior, a realização de uma necessidade fisiológica, tal qual beber água gelada em um dia escaldante... pura satisfação e prazer.
É fácil identificar um sujeito patriarcalista e preso as convenções sociais. Ele não irá pedir para a mulher que ele está “comendo” ficar de quatro. Geralmente estes homens tem receio com mulheres que gostem de sexo. Lamentavelmente é inevitável, homens conservadores tem medo de mulher boa de cama. Sexo bom é aquele que permite o outro ser como ele é, sem conflitos.
Na “cama” somos mais animalescos. De quatro sou a perversão  de um zoológico inteiro.
Não me questione na cama. Não me proíba. As minhas vontades são as minhas necessidade. Deixe-me ser!