segunda-feira, 18 de novembro de 2013

baby, baby, baby...




O que faz alguém bom de cama? O cheiro da respiração e a energia. Um binômio decisivo e que independe de qualquer simpatia pelo o outro. A natureza decide, o feromônio decreta.
Ele chegou bem perto e sua respiração me desafiava. Pegou-me pelo braço e o ar era denso, estávamos muito próximos. Percebi então que meu território havia sido invadido, a minúscula linha que nos separava deixara de existir. Como o mesmo disse de modo sarcasticamente preocupado: “Rompemos as barreiras” e de fato, sincronizamos nas nossas necessidades, e eu era sucumbida por seus braços forte, pelo olhar esfomeado e mãos devoradoras. Esse talvez fosse seu segredo, ele era sua própria fome e a vontade de comer. Nunca conheci mãos tão precisas, jeito tão agridoce, e um toque sutilmente explosivo... nós ganhávamos forma, atrito e suor.
Seu cheiro era encalorado, a boca era úmida, morna e tranquila. Tinha uma graça debochada e dentes fortes que me mastigavam a pele, feriam meus lábios e arranhavam meu queixo... Ele era de uma delicada brutalidade inconfundível, um verdadeiro dragão de sorriso mole.

"And I don't care/ if you don't want me/ I'm yours right now!"


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